Os cinemas de Casa amarela

Casa amarela teve 6 cinemas. quatro deles no centro do bairro e dois em pontos mais distantes, no Alto José do pinho e no Monteiro. Quem tem os seus 50, 60 anos guarda muitas lembranças deles. O escritor José Calvino diz que foi testemunha ocular da maioria dos cinemas citados. Apenas as datas das inaugurações e proprietários foram trabalhos de pesquisa. Atualmente, sobrevivem salas de projeção de filmes nos Shoppings.


O crítico de cinema Alexandre Figueroa ainda era criança e tem grandes lembranças do Albatroz. Ele afirma que acompanhou tudo do começo, por ser vizinho do Cine. Era frequentador assíduo do espaço, devido ao distanciamento do Centro do Recife. "Era um lugar considerado de luxo e sempre lançava filmes em sintonia com os cinemas do centro. Todos os domingos tinham as matinês com muitos filmes de aventura. No Rivoli, perto do mercado eu ia menos. Nos anos 70 com as mudanças do tempo, o espaço passou a exibir filmes de menor importância como os de karatê."

Expedito Figueredo fala com saudades que assistiu muitos filmes no Albatroz na década de 60, assim como no Rivoli. Mara Narciso diz que é Um passeio interessante ao passado vendo o desfile dos cinemas e dos seus variados nomes. Hoje eles perderam a identidade, e nem nome possuem. Apenas numeração. Os jovens não devem sentir falta do que não viram, as personalíssimas salas de cinema com seus temas introdutórios, a luz que se apagava e a música que começava. Trouxe-me maravilhosas lembranças.

Com o advento da TV, vídeo-cassete e do DVD os cinemas sofreram prejuízos, principalmente os de bairro, que chegaram a fechar suas portas: Casa Amarela (mais conhecido por “Cacau” ou Cinema Velho), Rivoli (foto) hoje é o Banco do Brasil, na Estrada do Arraial) e os Coliseu e Albatroz que funcionou até 1989 (atualmente é a Igreja Universal na Rua Padre Lemos); Guarani, no Alto José do Pinho (atualmente é a Assembleia de Deus, ao lado da escola Maria tereza); Diacuí, no Monteiro (Próximo das subidas do Alto do Mandu e Alto Santa Izabel).


Com informações de José Calvino e Fundaj

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